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sábado, 15 de outubro de 2016

Carol Basílio é exemplo de superação

Segundo Carol, o esporte é a maior ferramenta de socialização de inclusão social, fraternidade, esperança e superação. A tarefa da atleta paralímpica tem sido formar apaixonantes adeptos torcedores que realmente amem os esportes 
Ex-zagueira da seleção brasileira de futebol feminino, Carol Basílio de Moraes, 32 anos, é um grande exemplo de superação. Após perder as duas pernas em um grave acidente, ela conseguiu dar a volta por cima e tornar-se atleta paralímpica, conquistando 28 medalhas e disputou na paralimpíada Rio 2016.
A modalidade escolhida foi paracanoagem, que finalmente foi oficializada pelo Comitê no Rio de Janeiro. Para garantir a performance, a atleta faz treinamentos ininterruptos de segunda a domingo de até 8 horas por dia incluindo academia, fisioterapia e remo.
“Só agora diminuí a carga horária de exercícios por conta do período pré-competitivo, pois não posso disputar com o corpo desgastado ou lesionado”, afirma Carol, lembrando que os atletas paralímpicos são potência mundial, diferentes dos atletas olímpicos que ocupam uma posição inferior no quadro de medalhas.
Professora de Educação Física, Carol dirige o Projeto Social Superação, em Jurujuba, Niterói, onde dá aulas a crianças carentes de Niterói, socializando deficientes e não deficientes por meio dos esportes.
“Através de experiências trocadas e situações adversas vamos ajudando quem necessita, pois as pessoas não precisam ter deficiência para ter problemas”, explica a atleta, acrescentando que o projeto acaba sendo uma onda de ajuda e uma onda do bem que forma cidadãos.
A missão do projeto é despertar o interesse dos jovens, tornando-os expectadores do esporte paralímpico e passando para eles uma mensagem de otimismo, fé e esperança.
Carol perdeu as duas pernas há 6 anos, quando passava com a sua moto por um semáforo no cruzamento das ruas Álvares de Azevedo e Gavião Peixoto, em Icaraí, Niterói, onde a o limite de velocidade é de 40km.
“Eu estava indo dar aulas quando passei pelo sinal verde. De repente, um carro trafegando a 120km avançou o sinal vermelho e me atropelou. Então desde aí a minha batalha começou, pois tive amputações traumáticas das pernas no local do acidente”.
Em plena batalha, alguns elementos foram fundamentais para o retorno à vida: primeiro o esporte depois a família e os fisioterapeutas.
“Através da reabilitação eu descobri que tinha talento para fazer outros esportes”, disse Carol, que meses depois do acidente começou a se destacar na natação.
O handebol foi outra modalidade disputada. Era o que precisava para retornar a uma alegria semelhante àquela do futebol.
Segundo Carol, o esporte é a maior ferramenta de socialização de inclusão social, fraternidade, esperança e superação, e acrescenta: “A minha tarefa tem sido formar apaixonantes adeptos torcedores”.

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