Por Joel Silva
Vivenciamos uma época de total falência dos órgãos públicos.
Em todas as camadas da sociedade podemos perceber inúmeros casos – muitos deles
veiculados pela mídia – de total ingerência administrativa que permeiam as áreas
da Saúde, Segurança e Educação e tudo decorrente de rombos e mais rombos nos
recursos financeiros de nosso país.
E, como diz o adágio popular, “a corda sempre arrebenta do
lado mais fraco”, este descalabro acaba levando a população mais humilde a pagar
o pato. Andando por aí, então, só se veem hospitais abarrotados de pacientes que
em seu último suspiro aguardam um digno atendimento médico. As escolas também sucateadas
não oferecem o mínimo necessário e nem dispõem sequer de medicamentos para
atender à demanda.
Isto sem contar com a segurança pública vagueando às cegas, perdida
entre os tiroteios intermináveis e assustadores da galopante criminalidade que
ocupa cifra cada vez mais alarmante.
Aliás, a população já se tornou há muito tempo refém de um
processo falido de governo onde a única coisa que prevalece é a velha utopia
histórica da falsa modéstia, dos interesses particulares entre partidos
políticos, das meias verdades propaladas em clima acalorado de campanhas
políticas, das expectativas frustradas e promessas políticas ilusórias que vão
se exaurindo com o passar dos anos – e assim o povo vai ficando cada vez mais exausto
com cenas tão desastrosas de nosso cotidiano.
A lama e os buracos das estradas mal conservadas são apenas
reflexos do lamacento e desnivelado mundo da ingerência administrativa cujas bases
são solidificadas por meio de acordões realizados no crepúsculo de negociatas que
só favorecem empreiteiras. Isto explica o porquê desse continuísmo exacerbado, desse
fluxo desenfreado ao fosso do dinheiro dos impostos.
Artigo publicado no
Jornal Impacto News, edição 91 março de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário